O presidente da Câmara de Lisboa, o socialista António Costa, criticou nesta sexta-feira o “erro colossal” que é apostar na mão-de-obra barata para ganhar competitividade, defendendo que “há alternativas” e é preciso “sacudir o fatalismo e a resignação”.
“Não nos enganemos no caminho. Recusemos a tentação iníqua de querer fundar a nossa competitividade na mão-de-obra barata e desqualificada, na perda constante de rendimento e de direitos. Essa é uma lógica do passado à qual não podemos voltar, além de tudo o mais, por se ter tratado de um erro colossal, com custos gravosos para o desenvolvimento de Portugal, cujos efeitos ainda hoje sofremos”, afirmou.
António Costa falava na cerimónia oficial que comemora a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, que decorreu no Pátio da Galé, em Lisboa.
“O futuro não está no regresso à economia dos baixos salários, da contrafacção, da evasão fiscal, da desvalorização do escudo e da exploração do trabalho infantil”, sublinhou.
Defendendo que “há alternativa” e “um futuro que vale a pena”, António Costa afirmou que não se pode aceitar “como coisa normal a fuga dos melhores” jovens portugueses, “a ideia de uma decadência inevitável de Portugal” ou de que o país “nada tem a oferecer” aos que aqui nascem e vivem.
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