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1 Outubro 2023

A tenista russa que quer ser portuguesa

Clique para ampliar A russa Nina Bratchikova trocou o mau tempo da Rússia pelo sol português e está muito perto de vestir a camisola da seleção portuguesa na Fed Cup, a mais importante competição de ténis entre seleções femininas.

Prestes a estrear-se na 23.ª edição do Estoril Open – inaugura hoje a primeira jornada no “court” central frente à primeira pré-designada, a italiana Roberta Vinci -, a tenista de 26 anos revelou à agência Lusa o porquê do desejo de ser portuguesa: “Porque eu gosto deste país”.

Como o português ainda não lhe permite expressar-se como gostaria, Nina Bratchikova rapidamente muda para inglês para explicar que Portugal oferece “boas possibilidades de treino”, o clima “ajuda muito” e tudo se torna mais fácil.

“Na Rússia, é muito complicado treinar durante o inverno e o inverno lá dura nove meses por ano. Não há complexos indoor suficientes e os que há são muito caros para um tenista profissional”, apontou.

Quando a mudança de nacionalidade estiver consumada, a russa, que foi uma das sensações do Open da Austrália deste ano ao chegar à terceira ronda, deixará de ser a número 11 da Rússia e passará a ser a melhor tenista do país de adoção, um pormenor que desvaloriza.

“Até agora não vejo a diferença. Sou 107.º do mundo esta semana e isso é o que importa”, garantiu.

A diferença para Bratchikova reside na possibilidade de estar na principal competição internacional das seleções de ténis femininas.

“Gostava de jogar a Fed cup. Ainda não sou portuguesa, não tenho nacionalidade portuguesa e, por isso, ainda represento a Rússia, mas logo que mude de nacionalidade, penso que serei convidada”, assumiu à Lusa.

Treinada por um português, Pedro Pereira, o seu futuro marido, a atleta de 26 anos espera receber os papéis necessários para o casamento esta sexta feira, de modo a iniciar os tramites para a naturalização.

No imediato, a preocupação de Nina Bratchikova é outra e dá pelo nome de Roberta Vinci: “Espero um bom encontro. Já joguei contra ela este ano e ganhei, mas as condições eram diferentes. Vamos ver como será, mas espero uma boa luta”.

Quanto ao Estoril Open, a “wild card” tem um propósito muito claro: “ganhar”.

“Todas as rondas são complicadas, toda a gente joga bem. O nível hoje em dia é muito similar, por isso espero um torneio duro”, concluiu, prometendo falar em português caso seja campeã na 23.ª edição do maior torneio de ténis disputado em Portugal.

FONTE: Bomdia.lu

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