Em dia de aniversário, o selecionador nacional só quer uma prenda. Que no final do jogo com a República Checa, o país possa celebrar a vitória e o apuramento para as meias-finais do Euro 2012.
Paulo Bento celebrou, na quarta-feira, 43 anos, na véspera de mais um grande momento para a equipa das quinas. “Fazer anos durante um estágio acontece muitas vezes. Não é a primeira vez que isto me acontece. É mais um dia junto de quem gosto, de quem estimo e quero tentar passar esta alegria pessoal a uma alegria colectiva no jogo de amanhã. O meu grande desejo é que a felicidade seja de todos os portugueses”, realçou Paulo Bento, antes de se debruçar, especificamente, na partida com os checos, sabendo que, num jogo a eliminar, não há grande margem de erro.
“Contra a Dinamarca e contra a Holanda também não tínhamos possibilidade de errar. Agora, estão as duas equipas na mesma situação”, destacou o treinador, que encontra nos checos uma “equipa com boa capacidade técnica, muito organizada e que superou a adversidade de perder o primeiro jogo”.
“Nós tivemos quatro dias de descanso, eles tiveram mais um, mas não acredito que essa diferença nos passe uma fatura. Emocionalmente, nem pensar. Fisicamente, e porque acho sempre que a mente é mais importante, estaremos fortes também. Temos de ser agressivos, jogar rápido, mas não depressa. Fazer as coisas depressa não faz sentido”, explicou Paulo Bento, que abordou o clima de euforia que tomou conta de Portugal após o apuramento para os quartos de final.
“Passar da depressão à euforia faz parte da nossa identidade. Temos um jogo que dá acesso, se deus quiser, às meias-finais. Não jogamos para mais nada. Jogaremos como até aqui: vontade, consistência, talento. Se ganharmos ficaremos felizes, se não ganharmos felicitaremos o adversário”, disse o selecionador, que recusou comentar as palavras de Michel Platini e garantiu confiança plena nos árbitros do Euro, em concreto em Howard Webb.
A propósito de Ronaldo e da necessidade do jogador do Real Madrid ter de ajudar mais a defesa, Paulo Bento foi elucidativo: “Tentamos defender com o máximo possível de jogadores, tal como no ataque. Uns estão mais talhados para funções ofensivas e outros mais defensivos. Temos é de esconder os nossos defeitos, que os temos, e potenciar as virtudes, que também temos e são muitas”.
FONTE: Bomdia.lu